quinta-feira, 7 de abril de 2011

mas o jogo ainda não acabou


Eu li hoje cedo, incrédula, que um garoto entrou numa escola do Rio de Janeiro e atirou a esmo ferindo muita gente. Eu vi muito comentário embasbacado sobre o que volta a acontecer no Japão. Eu escutei um comentário de que aquela escola ali na frente mais parece uma "delega".

Este é o mundo que construímos aos tropeços pra ir vivendo.

Triste!

Mas eu insisto.

Não em negar o que está aí, realidade obscenamente nua e crua.

Mas insisto em ver o sol raiar apesar de tudo. O olhar ter brilho apesar da fumaça. A mão afagar apesar da violência. O extraordinário acontecendo dentro da simplória repetição dos dias. E, mais, a certeza de que nem tudo está perdido. Não se desiste do jogo antes que ele acabe. Não se desiste de ninguém. Todos. Cada um é fundamental. O carinha trololó que puxou o gatilho, mesmo sendo insano, é da nossa família. Humana.

Triste?

Verdade. Obscenamente nua e crua.

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