domingo, 22 de abril de 2012

natureza real


Gatos. A vida tem me trazido muitos deles. De natureza diversa e reservada, eles ganham meu coração. Pela elegância e topete, pela doçura mal-disfarçada, mas especialmente pelo silêncio.
Meu lado cachorro aprende toda vez que me deparo com o olhar misterioso dos bichanos. Parece que eles guardam mil segredos e sabem ver a gente do avesso. Seus silêncios trazem respostas que só o coração é capaz de ouvir.
E tanto mais vou conhecendo a natureza dos bichos, percebo como a nossa complexidade nos atrapalha. São tantas possiblidades, tantos chãos que a gente se perde, se esfalfa por nada, remói, sofre, ilumina.
Por hoje, somente por hoje, me bastava a alegria momesca dos cachorros e o passo silencioso e astuto dos gatos. Nessa justa medida. Nem mais, nem menos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Voar


Resolvi voltar a escrever hoje.
Não por que esteja inspirada. Nada disso.
Por explosão. Por absoluta necessitade de desabafar pra deixar o coração limpo.
A raiva deixa o espírito triste, atordoado.
E tenho me sentido repetidas vezes assim: perdida.
Altos. Baixos. Baixíssimos. Abismos.
Dizem que no olho do furacão se acha calmaria. Ainda não achei, mas encontrei pessoas boas.
De coração grande e ouvidos atentos. Nossos problemas semelhantes fizeram uma ponte e nossas conversas regadas à chocolate e trabalho tem feito bem à minha alma descosturada.
Mas, ganhei ontem um presente que me trouxe novo ar: um livro.
E o prazer voltou, como volta tudo o que é genuíno.
Devo essa à amiga Virgínia que, como boa sagitariana, captou dos deuses a mensagem certeira:
Ela precisa voltar a sonhar.
Obrigada Vi, obrigada Júpiter, obrigada a toda essa fase hard core que só quer me dar um empurrãozinho pra eu aprender de uma vez por todas a voar.

voltei

Eu sumi, mas eu voltei.
No ano novo, que pra mim só começou no 04 de abril, dia do nascimento desta que vos tecla.
;)

Tim-tim!