quarta-feira, 18 de junho de 2008

Catavento

O vento me atravessa assim como a neve.
Eu escuto o crepúsculo
E a Terra pulsa lentamente.
Ouvir o coração é compreender tudo.
E, no fundo, tudo é macio.
Há tantos seixos rolando na trilha que esqueço o fundo onde tudo acontece.
Meu coração girou com a força de mil sóis e os olhos, farol de onde a alma acena, viraram mar.
O oculto também me integra e trespassa, me entrega fresca, nova, viva, germinada.
E o vento?
Ah, o vento... me atravessa outra vez.

(24/05/2008) sobre uma deliciosa expriência de silêncio

segunda-feira, 16 de junho de 2008


Sagrado

Espaço onde eu habito
Momento de cada coisa
Existindo pela dádiva do Todo. Todo... a quem devo reverências sem-fim
A guerra toda é o peso que insisto
E quando dele desisto, findas são as trincheiras.

É mágica a resposta silenciosa de tudo ao meu redor.

Deus...
Soprou sua folha amarela, sábia... E ela pousou sobre meus pés com tamanha gentileza!
Eu a aceito.
Este é o meu presente.
Encontro singular, inteiro, cheio de significado.
Eu transbordo.

Um abraço sagrado de há tempos.
Sinto-me plural.

As respostas que ainda me faltam não ardem mais;
E as perguntas deixam de fazer ocos para me fazer sorrir.



Este textinho foi criado em um dia mágico, completo. quando pude ouvir o som que mora nas asas das borboletas... (22/05/2008)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Adultice


é quando já não temos curiosidade de saber como está a lua hoje.
é quando todo riso precisa de uma explicação "plausível".
é quando os chatos parecem tão simpáticos.
é quando não dá mais pra rolar com o cachorrinho pelo quintal porque afinal: 'o que os vizinhos vão pensar?'
é quando a chuva é o ponto final daquela chapinha.
é quando cantarolar pela rua parece coisa de gente pirada.
é quando o nascer do sol não é mais do que o começo da labuta.

Tem quem sofra de adultice crônica ou quem padeça apenas de uma virose breve. Em ambos os casos, isto faz mal e não faz falta nenhuma. Se você encontrar alguém assim por aí, receite uma dose concentrada de riso frouxo, nonsense mesmo, boa leitura, imaginação livre, boas companhias.Tenho aprendido que ser adulto pode ser até bem divertido sem carregar tanto na tinta, com sapatos mais folgados, amigos mais leais, objetivos mais humanos e a certeza de que a vida é um presente diário e tem sempre as cores dos óculos que eu visto.

Novidade

Depois de muito adiar, resolvi mudar de cara. E como tudo tem a hora certa nessa vida, este blog novo é meu sinal mais claro de transformação e novidade.
Nova fase de vida, me sentindo re-nascer com 30 anos brindados de crescimento. Sim, Este é o meu aniversário. Roda Baiana é fruto disso, dessa inauguração de mim. Rodar os meus ciclos, altos e baixos, dentro e fora, vezes rasos, muitas vezes fundo... sem perder essa baianitude que me abençoa o espírito (saravá!) caloroso-girassol, salgado-mar, quente-pimenta, colorido-catavento, livre-brisa e saboroso-vida. E uma dose aqui e ali de rabujice que é pra aprender a rir de mim mesma.
Sejamos todos bem-vindos. Namastê!
:)