segunda-feira, 27 de dezembro de 2010


Hoje cortei o dedo podando samambaias.
E não me pus triste.
Pois quão poucas são as coisas que me podem cortar de verdade.
Quão fortes se tornaram as minhas raízes.
Tão verdes. Tão fortes.

domingo, 5 de dezembro de 2010

em tempos de plutão...



a gente senta e chora

não faz nem ideia

fica tudo pra trás

dói fundo no fundo

o mundo vira moinho

a vida por um fio

o ninho furado

sem rédea

nem bússola

o que é já era

fica só você

refém

sem vontade

arde

sem pele

velho e fim

Fim de você

Semente.