terça-feira, 28 de junho de 2011

espelho

eu escrevi esse post.
mas sem querer deletei.
pena: me parecia algo bom.
Como tenho aprendido algo a cerca de paciência, resolvi deixar acontecer.
Não vou escrever um novo texto.
Vou deixar o assunto no espaço. No tempo.
Vai chegar a hora certa de o texto voltar aqui.
Enquanto isso, a gente respira.

domingo, 5 de junho de 2011

coisas que acontecem quando você caminha

Eu andava só.
Ela vinha andando sozinha também.
Nós, duas desconhecidas, andando na mesma calçada
Eu vinha carregada de sacolas do mercado
Ia preparar o almoço pro meu amigo que vinha me visitar.
Ela só tinha as mãos nos bolsos.
De repente seu olhar alcançou o meu. Em cheio.
Não dissemos palavra uma à outra. Mas, havia sorriso em seus olhos.
Senti uma alegria fresca, uma energia benfazeja.
Continuei andando. Ela também.
Não sei ou saberei jamais o seu nome. E, ironicamente não seremos mais duas desconhecidas, mas duas pessoas ligadas pelo elo anônimo dos bons sentimentos.
Hoje, em uma manhã fria de quase inverno.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Trajetos

Faz um bom tempo que não paro para escrever.
Aliás, faz tempo que a vida me colocou asinhas nos pés e haja o que fazer!
Mas, o bom das correrias é que quando a gente para e a poeira sobe e ela decanta, meu sentimento decanta junto.
Emprego novo, amor novo, pensamento novo.
Tudo assim: de um gole só, como tende a ser a vida de uma ariana.
Outro lado dessa mesma moeda é a sede. De deixar tudo ajeitadinho, na forma, no contorno, no volume, no meu jeito. Ahã, controle? Éam...
Mas, a vida é tão abundantemente sábia que nos dá tudo na medida.
Do que precisamos aprender.
E eu tenho aprendido que as coisas mais legais vem feito aqueles móveis modulares. Em pedaços, feitos pra encaixar. Com muito cuidado, paciência e, especialmente, atenção. A única diferença é que vem sem manual. O que torna as coisas um pouquinho mais excitantes ou desesperadoras. Depende de como a gente olha.
Pra dar certo a gente tem de querer, mas também de se dar conta. Se não, as coisas escorrem pelos dedos e a gente nem notou. Já era. Atenção é essencial.
Fora as exceções que fazem a gente babar de invejinha, as coisas boas dessa vida estão sempre em construção e sem garantia. É um jogo mesmo. Não tem jeito. Jogar ou jogar, arriscar-se e crescer.
Tem sido complicado uma vezes, delicioso noutras, mas sempre, sempre, inquestionavelmente, cheio de sentido. No final, valerá a pena. Então, mergulhe.
E antes que a onda quebre e uma nova venha se avizinhando láaaaaa no fundo do oceano, eu vou em frente. Seguindo. Como um guerreiro que caminha apenas com a sua vontade e atento a tudo ao seu redor.
Um viva à minha, à sua, às nossas trajetórias incógnitas, mudas e, a um só tempo, o maior espetáculo que se possa imaginar.