Hoje cedo eu meditei.
É... depois de muitos meses distante, parei para escutar mente e coração.
Foi necessário, foi grande. Entendi o momento. Este exato em que não quero terapia: sentar-falar de mim-ouvir-e -voltar pra casa pensando-sentar de novo e falar.
É... depois de muitos meses distante, parei para escutar mente e coração.
Foi necessário, foi grande. Entendi o momento. Este exato em que não quero terapia: sentar-falar de mim-ouvir-e -voltar pra casa pensando-sentar de novo e falar.
Institui a arte como analista. Quero trocar o divã pelo ateliê, e pode ser de qualquer coisa: pregar botão, cortar papel, fazer escultura, pintar parede, dançar o tcham (ai, o tcham não!).
Acho que isso se chama novo momento.
Eu sinto uma transição que não explico. É quase como atravessar um viaduto pela lateral: de um jeito meio abestalhado a gente vai andando, olhando todos lados, e seguindo em frente assim mesmo por osmose, entorpecida pelo barulho e movimento dos carros.
Acho que isso se chama lidar com o caos.
Não, não tem nada desabando. A fase é boa, mas apontando em todas as direções ao mesmo tempo que me sinto tonta.
Tonta feliz. Hehehe, sou eu!
Agora que derrubei as barreiras, estou meio bestificada com tanto horizonte e me pergunto: por onde eu andei durante todo esse tempo? Por onde me escondi? Que há tanto para fazer, ver, experimentar. E tenho sede.
Acho que isso se chama medo.
Mesmo torcendo o nariz, eu confesso que sinto. Me perdi lá dentro porque aqui fora dava frio na barriga. E queria colo. Poisé, agora eu entendo que um sonho acabou e a realidade não é dura, ela é apenas a realidade e pode ter a cor que eu escolher. E eu posso sonhar novos sonhos coloridos.
Acho que isso se chama amadurecer
Jogar fora o medo que paralisa. Caminhar contra o vento, outras vezes com ele. Falar o que deve, calar o que não acrescenta. Sentir. Sentar e conversar. Deixar ir embora o que já foi. Ouvir os outros. Ouvir a si mesmo. Ouvir as estrelas. Às vezes não querer nem ouvir. Acertar errando. Errar tentando acertar. Duvidar totalmente. Acreditar pero no mucho. Apostar tudo. Perder. Começar do zero. Ganhar estofo. Ir em frente. Olhar no espelho. Ver aquele calo no sapato como seu mestre. Perdoar. E, especialmente, agradecer por tudo o que me trouxe ao momento presente.
Acho que isso se chama crescer.
;0)
3 comentários:
Amiga do meu corção.
Cada passo que damos, certo ou errado, é para chegarmos ao que somos hoje.
E é tão bom ver você hoje...
Beijo com amor.
Querida! (duas mãozinhas na frente)
Como é engraçado como sentimos medo e ansiedade mesmo quando vemos que as barreiras foram derrubadas, não? É que parece que o mundo diz "Agora é com você, nêga: chuta pro gol!". Vem um sentimento de responsa!!
Acho que eu tô na mesma fase, na mesma onda, você sabe bem.
Força, amada. Dando as mãos, quem sabe, cada uma ande melhor.
Beijão!
Pronto! Agora o seu blog tem um link lá no meu!
Smack!
Mary
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