quarta-feira, 26 de novembro de 2008


Menina de asas
Vida nova: um estampido, o estalo.
E tudo muda.
Um passo, o sopro.
E é tudo novo, de outro jeito.
Novo que assusta, encanta, desconstrói.
Passo que é lento, sossegado, sem sede.
Há tempo neste horizonte azeite em que me demoro
e esteio para um vôo raso e ousado.

É momento de revirar gavetas;
Despir culpas e desculpas;
Subverter a minha própria ordem;
Desacostumar qualquer conforto;
Submeter o medo à clareza de novas esperanças;
Amanhecer surpresas com pés na lua e cabeça nas estrelas;
Abrir o peito, fechar a guarda, despregar as asas... e ir.

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