domingo, 25 de abril de 2010


Susto

a poeira dos teus passos
teu jeito de sorrir, quase sem jeito
a conversa leve como antes, como sempre
como se não houvesse hiatos.
E o vento soprando forte um lenço suspenso no ar,
boiando nesse mar de ar ofegante que respiro sem saber
ao certo o que passa?
Parece que vou sufocar ou explodir para sempre.

Susto
Esse olhar que conheço de antes de mim
e me observa de tão longe
Estou confusa, sem saber o que sinto
É alegria ou dor esse não sei quê dentro do peito?
Despenco dos galhos nus das árvores de outono
O vento me soprando rápido para cima, para longe
eu vou para o alto
eu vôo, eu vôo...
para dentro do espelho que acolheu o teu olhar.

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