domingo, 18 de agosto de 2013
Frescura
Frescura boa é essa da alma.
Que deixa tudo mais leve e vai fazendo espaço.
Feito dia de faxina, que se faz poeira só pra depois assentar.
Respirar é fundo, pra dentro. Pra encontrar a vida, a fibra que me move, sagrada.
Frescura é meu sentimento de alívio por ter achado a porta. Uma.
As respostas ou as pergunta parecem distantes, porque meu vôo é mais alto.
Mais alto que o grito do medo, que as náuseas da ansiedade, que a dor do conflito.
Aqui é fresco e estou em paz. Redescobrindo meus pequenos presentes. Fazendo um novo caminho para chegar em casa.
Frescura é meu cabelo voando junto com o vento, cheio de asas. E lá se vão minhas ideias.
Vida longa ao sonhos que me aninham.
Vida longa à inquietação de fazer mais sentido.
Vida longa à inteireza que me mantém eu.
Vida longa aos desafios que vão se tornando monstros menores e cada vez menos amedrontadores.
Vida longa aos invernos que nos fazem recolher, despregar e morrer.
Vida longa às chances de renascer com os olhos esbugalhados, cheinhos de viço.
Vida longa às cores que me receberam de volta.
Vida longa a você que me esperou pacientemente e a você que eu sequer imaginava.
Vida longa às montanhas e aos vales que nos fazem aprender humildade na prática.
Vida longa.
Vida. Para mim e para você, que me lê.
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