sábado, 29 de outubro de 2011

Cuidado

Flores de fuxico. Artesanato mineiro
Sempre achei que a mulher moderna e independente não tem de ser dona de casa.
Continuo achando.
Mas, hoje respeito a escolha que a gente pode se dar o direito de fazer.
Cuidar da casa não é sinônimo de sofrimento.
A gente não sofre por varrer a cozinha, e sim por deixar embaixo do tapete desejos não realizados.
A gente não chora porque lavou uma pilha de louça suja, mas quando deixa empilhado um sonho ou uma raiva não conversada.
A dor não vem de fazer almoço e janta para a família, mas de não degustar suas próprias vitórias particulares.
Eu descobri que cuidar não é sinônimo de se fragilizar.
É preciso um poder danado para perceber a necessidade de alguém e lhe oferecer o que precisa na justa medida. É fazer porque quer e não porque deve.
Estou descobrindo o poder do cuidado.
E vou mandar pra She-Ha um avental bem florido e bordado no natal que se avizinha.

2 comentários:

Transitivo e Direto disse...

É amiga, às vezes acho que só preciso de atenção e carinho. Mas aí, tem tanta coisa pra fazer que...
:P

Lindoooooooooooooo esse arranjo. Comprou em BH?

Beijos.

Maísa Picasso disse...

Moca, cuidar da nossa casa é maravilhoso, vê-la crescer em nossos olhos em luz, em vibração todos os dias... é um jeito de cuidar da gente e de quem a gente ama. Enxergar as cores e o sentido oculto das coisas pequenas do dia a dia. Um arranjinho de flores, uma cor que acalma, um cheiro de fruta que enternece, um chazinho na hora de dormir que acalma, um cheiro de roupa perfumada, uma comida que revigora, que floresce tanto quanto um abraço e uma oração. Nossa casa é como a alma da gente pra fora. E cuidar disso é mágico!