quarta-feira, 24 de março de 2010

que novidade é essa?



Ai, ai...


depois de altos e baixos, a gente dá aquela parada e reflete.

Assim tenho passado os dias: entre pensamentos e sensações, na maioria das vezes solitários, deliciosamente solitários.

Não, não é solidão. É solitude, a tal presença de si mesmo. O presente merecido depois de uma jornada desértica que me trouxe ao oásis do meu sentimento.

As mudanças não param de acontecer, dentro e fora, e eu permaneço na decisão oceância de não sofrer. Por nada.

Me vejo desabotoando a rosa que mora dentro do peito, afrouxando o cadarço da lida, usando menos perfume, pois meu aroma é lavanda naturalmente. me vejo tão simples, sem imperativos de nenhuma ordem, portas e janelas de uma vida diferente.

Dando volume e intensidade ao que merece, tirando peso das costas, ganhando alguns calos nas mãos, suando para repousar merecidamente, pulsando junto com a vida que me empurra para fora da cama logo cedo, que me chama para ver o dia claro, imenso, da minha janela.

Não sou mais eu, sou eu nova, outra. A outra me chama para andar logo cedo, receber vento fresco e inspiração. O coração amanhece soprado de uma força que não conheço ainda, e vou crescendo no silêncio- ventania que agora me invade.

Eu vejo a luz multicolorida nas árvores, folhas, nos olhos das gentes desse lugar que é templo, como sempre acreditei que seria um dia.

E o dia chegou, luzidio em meio à tormenta, meu farol que guia o coração e a força para cima, sem pestanejar um segundo sequer, sem duvidar do futuro que é macio ali na frente. Sigo. Eu ou a outra? Tanto faz. Aqui vamos nós.

2 comentários:

Pablo Carvalho disse...

Maravilhoso, Moca. Seus textos são sempre inspiradores. Porque trazem novos ares. E também perfume de descoberta.

abração.

Maísa Picasso disse...

omodeus...