Ai, ai...
depois de altos e baixos, a gente dá aquela parada e reflete.
Assim tenho passado os dias: entre pensamentos e sensações, na maioria das vezes solitários, deliciosamente solitários.
Não, não é solidão. É solitude, a tal presença de si mesmo. O presente merecido depois de uma jornada desértica que me trouxe ao oásis do meu sentimento.
As mudanças não param de acontecer, dentro e fora, e eu permaneço na decisão oceância de não sofrer. Por nada.
Me vejo desabotoando a rosa que mora dentro do peito, afrouxando o cadarço da lida, usando menos perfume, pois meu aroma é lavanda naturalmente. me vejo tão simples, sem imperativos de nenhuma ordem, portas e janelas de uma vida diferente.
Dando volume e intensidade ao que merece, tirando peso das costas, ganhando alguns calos nas mãos, suando para repousar merecidamente, pulsando junto com a vida que me empurra para fora da cama logo cedo, que me chama para ver o dia claro, imenso, da minha janela.
Não sou mais eu, sou eu nova, outra. A outra me chama para andar logo cedo, receber vento fresco e inspiração. O coração amanhece soprado de uma força que não conheço ainda, e vou crescendo no silêncio- ventania que agora me invade.
Eu vejo a luz multicolorida nas árvores, folhas, nos olhos das gentes desse lugar que é templo, como sempre acreditei que seria um dia.
E o dia chegou, luzidio em meio à tormenta, meu farol que guia o coração e a força para cima, sem pestanejar um segundo sequer, sem duvidar do futuro que é macio ali na frente. Sigo. Eu ou a outra? Tanto faz. Aqui vamos nós.
2 comentários:
Maravilhoso, Moca. Seus textos são sempre inspiradores. Porque trazem novos ares. E também perfume de descoberta.
abração.
omodeus...
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